sábado, 3 de agosto de 2013

i'm not okay (i promise)

Dotado de alguma estranha consciência, resolvo pular uma refeição, já que o sono não vem. Um misto de "saco vazio não para em pé" com a same old necessidade de fazer o vazio machucar. Porque a mola propulsora do amanhã é sempre o hoje doloroso. Claro, lembrando que o amanhã já é hoje e certamente todos os planos jamais serão concretizados. Ou teremos chuva ou teremos falta de vontade - informa a previsão do contratempo. Ou teremos manifestação ou teremos desolação - informa o noticiário das inverdades. No final das contas, o que sobra é o conforto sufocante do sofá cinza. Nele jazo.

Resolvi passar algumas fotos do hoje que poderia ter sido meu, caso o impulso e o medo da prisão não me fossem tão inatos. Basicamente, tudo o que eu queria estar fazendo. Mas, de alguma forma, a celebração do sobrepeso e a ostentação estética me ofendem. Me ofendem porque são duas da manhã e eu estou aqui cercado de madeira, com cheiro de cigarro na mão, uma certa fome, e um copo de café já frio.

Somando tudo, é apenas recalque.

São duas da manhã e estou há mais de uma hora respirando fundo o suficiente para dar conta da ansiedade que bateu à porta que eu abri para decidirmos quais sabores de chá inundarão as horas que ainda me restam até o próximo placebo.

Como dividendo, temos a irremediável solidão.

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