das mãos do homem febril
para o estômago do engraxate servil
numa páscoa sem cifras nos olhos da criança,
fica a indagação:
o que vale mais
o cristo ressuscitado em sua ilusória cruz
ou o cisto sangrento daqueles sem luz?
do andar lento daquele que arde
aos pulos de alegria do que vaga tarde
num feriado sem descanso para a fome
fica a certeza
nada vale menos
que a crença barata que expia as nossas culpas
ou que a fé vã que prenuncia nossas lutas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário