quinta-feira, 25 de abril de 2013

Sobre tapetes e janelas.


A vida nada mais é do que um grande salão, cheio de tapetes. Das mais variadas cores, formas e tamanhos. Debaixo de cada um destes tapetes, acumulamos sujeiras. E nossa única função aqui é varrer a sujeira debaixo de um tapete para outro, imprimindo movimento a todos os incômodos. 

Porém, é preciso deixar janelas abertas neste salão. Com a corrente de ar, cada vez que passamos a vassoura na sujeira, a poeira sobe e vai embora. Claro, há o embaraço de entrarem novas sujeiras, novas folhas caídas do outono. Mas, de qualquer forma, é um embaraço novo. Uma novidade para se lidar.

O que não é possível é o medo de se mexer nos tapetes. Deixar a sujeira encrostar no assoalho, até o ponto em que você estará escondido no canto da sala, trocando a chance de se aquecer na lã quentinha por simplesmente ficar no frio paralisante.  

O tapete foi feito pra voar.

A vida, pra viver. 

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