Quero rasgar cores e fazer vida
pincelar amores e colar o vento
que passa e leva metade de sono
entre a apreensão branca da tela e o alívio inventado da moldura.
Tal cubismo, caleidoscopio-me em fragmentos alegres
mas, tal labirinto, esbravejo contra o centro sépia
desafio pirâmides com a fumaça da fome
me reinvento em um talento inventado.
Quero cantar dores e brindar a avenida
esculpir pudores e cortar o alento
que laça e prende o completo abandono
entre a agressão vazia da cela e o declive aluado da fartura.
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