domingo, 10 de março de 2013

Que se danem os nós (?)


O grande duelo entre o eu e os nós
que atam e desatam mãos dadas pelo destino
no qual desacredito
embora as lentes escuras me refletissem
em meu ato de rebeldia
na luta pela minha fé
e
atrás delas
olhos
nus.

Guardo a esperança de que a carta não tenha sido aberta.
Desta forma, desfaço a cama do desespero
e consigo me mover nos lençóis do abandono.

Mas não o seu.

O meu.

Sentimentos em que o singular é permitido,
vêm embebidos em vinho barato
e me perco nos campos de cevada.

Divido-me entre o palco e o palanque.

Sou estrela porque tenho pontas afiadas.
Sou lua pois faço sombra ao seu sol.
Sou Marte guerreiro.
Sou Vênus em chamas.

Sou Deus.
Sou Maria, virgem em todos os aspectos.
Sou Judas, beijando a face do mundo.

E todas aquelas outras coisas nas quais não acredito.

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